quinta-feira, 13 de outubro de 2016

CRÔNICA

TEMPO

Não há tempo.
     Há algo de sadicamente irônico sobre o tempo. E, talvez, isso se tornasse claro se parássemos só por um instante, e nos deixássemos enxergar tal fato. Mas não paramos, nunca paramos. Estamos sempre correndo, sempre atrasados, sempre com pressa. Sempre sem tempo. Presos em uma corrida, com um gigantesco lapso de nexo, em direção ao fim literal. Afinal, qual o sentido da pressa se a morte é o que nos espera na linha de chegada do fim dessa mórbida corrida, também conhecida como vida?
     A verdade é que todos vamos morrer. Simples assim. Apenas um fato. Fato iminente, o qual não está em discussão. É assim, e ponto. E fim. Somos seres mortais, com dias finitos e horas contadas, apenas de passagem no universo vasto e perene. Amontoados de matéria que insistem em não ter tempo, em seu pouco tempo, em seus minutos numerados, como um cachorro que persegue, tolamente, o próprio rabo. Sempre ocupados demais para as "toscas" coisas da vida, para sorrir, para viver. 
      As estações mudam, passam-se as folhas do calendário, e quando menos esperam, chegam o fim dos seus míseros segundos enumerados. E o que poderiam fazer? Não há mais tempo.

EMANUELLE - 1º ANO "B"
CARMELA DUTRA

terça-feira, 11 de outubro de 2016

CRÔNICA

Dor incessante

         Há meses atrás senti meu mundo desabar diante dos meus olhos. As pessoas mais importantes da minha vida se virando contra mim, não sei ao certo como ainda convivo com os mesmos. Compreensão era o que lhes faltavam. Amor também. 

         Lembro-me até hoje, e creio que nunca esquecerei, as palavras duras e afiadas sendo ditas para mim como se fossem facas me dilacerando. Me senti sendo espancada da pior forma, verbalmente, por palavras obscenas e desnecessárias, e pelas pessoas que mais amo. Penso que essa ferida nunca irá sarar. Pobre de mim.
 
         Às vezes penso que sou egoísta por pensar em me matar por algo que perto dos outros problemas sociais, não são nada. Mas todos temos o direito de sentir nossa dor, não devemos compará-la com a de ninguém. Pare um instante e pense em tudo relacionado a ela. Sinta ela durante meses e anos, mas aceitá-la e saber conviver com ela é o primeiro passo para a recuperação. Não sei se consigo aceitar a minha situação, algo dela sempre vai estar ali, sempre vou lembrá-la, infelizmente.
 
      Sou muito nova pra ter sentido tantas coisas e ter tido muitas decepções, mas com tudo isso aprendi a me proteger de certa forma que ninguém conseguiria. Faço a minha dor só minha, não saio de casa sem um sorriso no rosto com esperança de que algo, ou alguém mude o que sempre sinto por de trás do meu sorriso. Uma dor que espero que um dia passe e se torne um motivo para eu ser forte.

Clarissa Menga- 1º B

 

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Estudar.

     No nosso cotidiano, existem coisas que, independem da direção que olhemos, estão sempre lá. Não me refiro às propagandas eleitorais ou aos santinhos que parecem estar em todos os lugares nesse nosso tempo político. Falo dos padrões.
     Padrões que estão presentes em tudo, e em todos, e ainda assim, de alguma forma, costumam passar despercebidos aos nossos olhos e principalmente às nossas consciências. Padrões estéticos, morais, comportamentais. Parece que até nosso pensar há de seguir um tal padrão. Ou não? Quantos gênios já foram, e ainda serão, tachados de "burros" por não serem bons naquilo que, aparentemente, deveriam ser?
     Como vai ser alguém na vida se nem mesmo consegue resolver uma equação de segundo grau? Quem dirá explicar o que é morfologia de palavras. Me diga, do que é que adianta um dez em Artes, se desenho nunca salvou ninguém de morar em baixo da ponte? Matéria sem importância, é o que eles dizem. Filosofia então? Puff, coisa de quem não tem o que fazer. 
     Obrigações do estudante, sim, porque quem vai ser você sem um bom nível de estudo? Onde vai parar se não gosta de estudar, não sabe achar o valor do bendito X? Irônico pra mim é achar que estudar é algo tão quadrado, tão rígido e obrigado. Estranho é ensinar à crianças que elas são incompetentes por não serem bons em algo que não poderiam ser, nem mesmo se quisessem. Por matar músicos e tantos outros artistas à prendê-los em escritórios abafados e padrões sufocantes. 
Mas um único que virou comum por alguém, ou por tantos, que acham que o conceito de estudar está fadado à amarras e padrões milenares que um dia, espero eu, se acabam.
 
 Por: Emanuelle Araújo.
1°B
CARMELA DUTRA - PVH
2016

UMA AULA DE ARTE NA PRÁTICA

  Em 12 de maio iniciamos os trabalhos de confecção do baralho com o  1º Ano 'B'.  A segunda etapa será a escolha dos verbos no modo...