segunda-feira, 8 de junho de 2009

O IMPRESSIONISMO CHEGA AO BRASIL

São as obras de Eliseu D’Angelo Visconti (1866-1944) que abrem definitivamente o caminho da modernidade à arte brasileira. Pintor, decorador e desenhista, ele não se preocupa mais em seguir os renascentistas italianos; busca, isto sim, registrar os efeitos da luz solar nos objetos e seres humanos que retrata em suas telas.
Nascido na Itália, Visconti veio para o Brasil com menos de 1 ano de idade. Em 1892 foi à Europa, onde frequentou a Escola de Belas Artes de Paris e o curso de arte decorativa na Escola Ghérin. Voltou para o Brasil em 1900 e passou a realizar diversos trabalhos: ensinou pintura histórica na Escola Nacional de Belas Artes, criou imagens para selos postais e pintou o pano de boca¹ do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

A ARQUITETURA REFLETE A RIQUEZA

No final do século XIX e início do século XX a arquitetura brasileira passou por mudanças e seguiu principalmente duas tendências europeias: o Ecletismo e o Art Noveau (Arte Nova). O Ecletismo reunia estilos do passado, principalmente os de finalidade decorativa.
Assim, alguns arquitetos mesclavam, num mesmo edifício, elementos greco-romanos, góticos, renascentistas e mouriscos². As casas dos mais ricos passaram a ser ornamentadas com relevos de estuque³, platibandas (espécie de mureta que circunda o alto de um edifício e esconde o telhado), grandes vidraças e ferragens importadas da França e da Bélgica. As cidades do norte do país (Belém, Manaus), enriquecidas com a borracha, desenvolveram uma arquitetura requintada e de acordo com as concepções ecléticas.

O ART NOVEAU

No final do século XIX o Ecletismo foi superado pelo Art Noveau, desenvolvido nos Estados Unidos e em boa parte da Europa. O Art Noveau valorizava os elementos ornamentais e caracterizava-se pelo uso de linhas curvas, semelhantes às linhas das formas vegetais. Esse estilo persistiu por algum tempo até ser superado, nos anos 1920 e 1930, pelo Movimento Modernista e pela industrialização e modernização da vida urbana.

1 – pano de boca: na linguagem teatral de hoje, é a cortina que separa a plateia do palco;
2 – mouriscos: no texto, refere-se a elementos ligados aos mouros, antigo povo árabe que habitou o norte da África;
3 – estuque: material usado para ornamentar obras de arquitetura, produzido em geral com uma mistura de pó de mármore, cal fina, gesso e areia.

A FOTOGRAFIA CHEGA AO BRASIL

A criação do daguerreótipo, em 1839, é considerada o ponto de partida da fotografia. Acredita-se que esse invento tenha chegado ao Brasil em 1840.
Inicialmente, a produção de imagens por meio de uma máquina era muito cara: apenas os muitos ricos encomendavam seus retratos, assim como os nobres contratavam pintores para fazer seus retratos. Nas décadas de 1850 e 1860, com o aperfeiçoamento técnico, esse tipo de reprodução tornou-se acessível a um maior número de pessoas. No Brasil, o passo seguinte foi o documentário fotográfico, isto é, o registro fotográfico de ruas e regiões das cidades brasileiras. Nesse campo, destacam-se Marc Ferrez (1804-1879) e Militão de Azevedo (1837-1905).
A fotografia brasileira desenvolveu-se muito na passagem para o século XX e esteve presente em exposições internacionais. Exemplo disso é o trabalho de Valério Vieira (1862-1941).
Em 1908, Valério ganhou o primeiro prêmio na Exposição Nacional do Rio de Janeiro com uma foto de doze metros de extensão chamada Panorama da cidade de São Paulo.
7ª série - EJA - Duque de Caxias

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